A conclusão do sermão, por muitos anos, foi-me uma etapa desafiadora e também o é para muitos pregadores que sabem como começar, mas não tem ideia de como terminar um sermão. Eles são capazes de iniciar bem uma pregação, mas tem dificuldades de concluí-la de forma eficaz.
Neste artigo, estarei mostrando três características para uma conclusão eficaz e quero oferecer algumas abordagens que você poderá inserir em sua pregação.
1. A conclusão do sermão não deve ser anunciada
Você não precisa avisar que está terminando a mensagem. Mas deixe a sua mensagem final antes mesmo que as pessoas estejam esperando que você o faça. Tente evitar dizer coisas como “por último”, “finalmente” e “para terminarmos”.
Além disso, tenha cuidado com qualquer movimento que mostre a sua intenção de terminar a mensagem, como “fechar sua Bíblia”, “guardar suas anotações” ou “tirar seus óculos”.
Comunicar de antemão que você está prestes a concluir pode levar o seu público a parar de ouvi-lo antes de você pare de falar. Portanto, deixe sua conclusão ser uma surpresa.
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2. A conclusão do sermão deve ser breve
Desenvolva a sua conclusão para não mais que dois a quatro minutos. Lembre-se de que o propósito de uma conclusão é fazer com que a pessoa leve na memória aquilo que deve ser crido e praticado como resultado de ter ouvido o seu sermão.
Lembre-se de não vaguear na conclusão do Sermão. Também não introduzir argumentos novos (sei que acabamos fazendo isso quando lembramos de falar algo que deveríamos ter dito antes). No lugar disso, torne a conclusão do sermão algo claro e objetivo.
3. A conclusão do sermão deve ser prática
Essa característica diz sobre o que uma conclusão deve causar no ouvinte. Uma das perguntas que faço depois de ouvir um sermão de um pregador é: “o que esse sermão quer que eu faça?”. Se após ouvir o sermão, não for possível responder a essa pergunta, é porque a conclusão foi muito vaga, portanto sem aplicação prática na vida de quem ouve.
Quero dizer com isso que, se não podemos responder a essa pergunta, é porque, primeiro, o pregador não fez e não respondeu a pergunta ao preparar a conclusão do sermão. Nunca deve haver qualquer dúvida na mente das pessoas sobre o que elas devem fazer após ouvir a mensagem.
Certamente, você pode melhorar muito as suas pregações gravando-as para posteriormente tentar perceber onde está errando. É um bom hábito ouvir as suas próprias mensagens para fazer os ajustes necessários.
Aqui estão algumas possíveis formas de conclusões que você poderá aplicar:
Você pode resumir o sermão
Essa abordagem é muito útil quando se tem aplicações em todos os pontos do sermão. Na sua conclusão, você simplesmente expõe as questões práticas do sermão, resumindo-as.
Por exemplo, se você tivesse um esboço sobre oração, em Filipenses 4: 6,7, com os seguintes pontos: “1. Não devemos nos preocupar, 2. Devemos colocar tudo em oração, e 3. Podemos então experimentar a Paz de Cristo”; sua conclusão resumirá esses pontos.
Esse tipo de conclusão do sermão é conhecido como “recapitulação”. O pregador está recapitulando os pontos da mensagem, destacando as suas aplicações. Haja vista, é sempre uma boa prática revisar os pontos do sermão na conclusão.
Você pode optar por fornecer uma aplicação específica
Particularmente, ocorre quando um sermão tem o objetivo de fornecer instruções sobre uma doutrina ou um assunto em particular. Em outras palavras, aplicação específica é quando você explica e prova ideias durante todo o desenvolvimento do sermão.
Portanto, é na conclusão que você deve expor dicas específicas e chamadas concretas à ação, ante ao que foi pregado.
Por exemplo, se você estiver pregado sobre santidade e, em todos os pontos do sermão, defendido sua importância para a vida cristã, então será na conclusão que você poderá expor a importância de se praticar a santificação.
Você pode antecipar resistências
Antecipar resistências é eficaz tanto na aplicação quanto na conclusão do sermão. Especialmente se a chamada à ação é desenvolvida na conclusão. Para tanto, você deve identificar quais objeções seu público pode ter sobre o que você está ministrando.
Então, antes de iniciar a sua conclusão e expor a sua chamada à ação, direcionando e orientando sobre o que a pessoa deve fazer para pôr em prática o que foi pregado, lembre de sanar as possíveis dificuldades para a aplicação pessoal do sermão.
Você pode conhecer as dificuldades da sua plateia se fazendo as seguintes perguntas: O que eles acham difícil de acreditar? Quais os desafios culturais e sociais para a aplicação do sermão? Há alguma questão polêmica envolvida?
Você pode retomar uma ideia expressa na introdução do sermão
Se a ideia que você expôs no início do sermão não ficou muito clara ou completa, mas foi sendo desenvolvida ao longo da mensagem, então você deve completá-la na conclusão do sermão. Ou seja, depois de argumentar o assunto abordado na introdução, você pode fechar o assunto, ensinando as suas lições práticas.
Mostre os resultados de se praticar as lições do sermão
É na conclusão do sermão que você mostra como seria se as lições apresentadas fossem praticadas na igreja, na família, no trabalho e em qualquer lugar que chegamos.
Certa vez, ouvi um professor de oratória dizer a seus alunos que as últimas palavras de uma apresentação são as mais importantes.
Então, a nossa tarefa é fazer com que as últimas palavras de nosso sermão sejam eficazes. Mas, para tanto, sabemos que elas devem, primeiro, serem impactantes, práticas e breves.
IMPORTANTE!
Antes de sair desta página, me responda se você gostaria de saber…
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